Acabei a segunda leitura deste livro sendo que a primeira ocorreu em 1991. Mais uma aventura de Elijah Baley, agora no planeta Solaria.
O que eu gostaria de focar em minha análise é sobre a sociedade Solariana que Asimov criou, e assim como ele, traçar um paralelo com nossa sociedade atual.
Os solarianos desenvolveram uma sociedade totalmente individualista e completamente privada. Estabeleceram como população ideal para todo o planeta apenas 20 mil pessoas, sendo que cada uma possui em média 10 mil robos a seu dispor. As grandes porções de terra foram divididas entre seus habitantes e desta forma fizeram com que os contatos pessoais, face a face, se tornassem totalmente desnecessários e uma prática repugnante. Todo o contato é feito por "telepresença". Todo o trabalho considerado desnecessário foi delegado aos robos. Os nascimentos são encomendas supervisionadas e não ocorrem mais de forma natural. Cada indivíduo se orgalha em ser o melhor em sua especialidade, e não podia ser diferente já que é o único na especialidade.
Com este cenário os solarianos se tornaram orgulhosos, prepotentes e racistas no que refere a sua pseudo superioridade. Com isto em mente fico a pensar o quanto nos tornamos semelhantes aos solarianos com algumas de nossas atitudes dos tempos modernos, agora que estamos pra terminar a primeira década do século XXI. Não quero aqui ser específico mas sim levantar o interesse em cada um de poder ver o que temos de semelhança com os solarianos e assim poder melhorar. Não quero também dizer que as ferramentas que temos hoje, sejam elas quais forem, e as facilidades tecnológicas são boas ou ruins e sim apenas despertar a consciência sobre o que estamos nos tornando com a globallização e a reclusão individual.
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